sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um quiosque diferente

Além de vender LPs, CDs e livros variados, o quiosque é um pólo de encontro cultural


Quem anda pelo CONIC pode a qualquer momento topar com prateleiras expostas ao ar livre. Elas estão cheias de livros, dos mais variados assuntos. É possível encontrar aqueles que pensamos nem existirem mais, até os que estão nas listas dos mais vendidos. Mas não são apenas livros. LPs, CDs, VHS, gibis, também preenchem o espaço batizado pelo dono, Ivan Presença, de Quiosque Cultural.

Há aproximadamente uma década, o quiosque transmite cultura para quem conhece, se envolve e aproveita da iniciativa. Ivan Presença, como consultor cultural, não pensou no quiosque como um simples sebo, um lugar que vende livros usados. Foi além. “Achei que seria interessante criar um pólo de encontros culturais com autores poetas no CONIC. Aqui vêm ministros, intelectuais, parlamentares, professores, faxineiros, funcionários públicos e funcionários privados”, conta ele.

Ivan, que trabalha com livros desde os 12 anos de idade, é a favor da leitura e explica a filosofia de um sebo: “Tenho como ponto de partida a democratização da leitura. É mais barato, mais em conta, o livro usado. A posição do sebo é democratizar o acesso ao livro em função da renda de cada pessoa”. Portanto, os preços são baixos. Alguns dos materiais vendidos no Quiosque Cultural são doados, e outros, Ivan, compra ou troca.

Outra peculiaridade do sebo é encontrar livros, dentre outros objetos, que por serem antigos são raridade. A jovem, Débora Mynssen, que passava no local pela primeira vez, conta que ali acabara de achar um livro que procurou em vários lugares e até então não tinha encontrado.

Débora disse que a humildade do sebo é aconchegante. Ela destaca a diferença que é estar em uma livraria de shopping e estar ali. “Quando você entra em um sebo, parece que você está mais aberto à paixão pelo livro do que a comprar por que alguém te induziu. Você não vai olhar o livro porque está na lista dos 10 melhores ou porque está numa prateleira iluminada escrito oferta. Você paginou, ou então você se apaixonou pelo título e quer saber o que o livro está querendo dizer”. Conclui dizendo que “livraria é um lugar que rotula livros e o sebo é um lugar que você conhece eles”.

Na visão do sociólogo, Rainero Xavier, “Sebo é um ‘locus cultural’ que permite à sociedade, mergulhos e escavações no tempo passado para que possam compreender o presente e projetar o futuro”.Outro ponto importante, destacado por Xavier, é a capacidade de transformação de uma sociedade por meio da leitura e, o sebo, é utilizado também para isso. “Serve como fonte permanente de aperfeiçoamento dos valores humanos e como uma bela contribuição à reconstrução de novos padrões culturais a favor de uma nova civilização”, detalha o sociólogo.

É sobre essa transformação que Ivan Presença comenta. “Esse papel que eu faço aqui muda muito as pessoas que não conhecem ou não sabem o que é livro. Encosta, vê se tem um livro de um real, dois reais e leva. Vai lendo por ai e depois volta... ‘oh gostei do livro que você me indicou, tem outro?’. Cada um vai fazendo individualmente o seu papel”. Assim, tem funcionado o Quiosque Cultural de Ivan Presença, que convida a todos para a poesia de segunda. O evento acontece toda segunda, segunda-feira de cada mês.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O jornalismo devoto ao interesse público


Há quem diga que a imprensa deve apenas informar e não fiscalizar. Esse pensamento vai contra a ideologia do quarto poder que diz o contrário: a imprensa deve vigiar os outros três poderes republicanos em defesa dos cidadãos. Essa idéia surgiu com a assimilação de que em uma democracia é fundamental que a opinião pública esteja bem equipada. Então filósofos questionaram: quem vai abastecer a opinião pública? E então a imprensa tomou o posto. Agora ela seria como o “cão de guarda” da sociedade. ,

Atualmente, há argumentos de que a imprensa não é mais, no Brasil, o quarto poder. O Ministério Público,que é um dos órgãos responsáveis por investigações no poder público, tomou tal posto. Em entrevista , o jornalista do jornal Correio Braziliense, Victor Martins, disse que "atualmente, o jornalismo é uma mistura do idealismo, que se conhece na faculdade, e do realismo, que se conhece nas redações". Para ele, os jornalistas não representam o povo, apenas prestam serviço de informação. Martins descorda que a imprensa siga a ideologia do quarto poder:

“Não representamos as vontades do povo, para isso existe a câmara dos deputados e as assembléias legislativas. Enquanto repórteres representamos, na prática, a nós mesmos e o nosso patrão. Não fomos eleitos pela população para sermos jornalistas. Não escrevemos somente sobre aquilo que o público quer ler. Escrevemos acerca daquilo que julgamos que eles precisam ler e, muitas vezes, falamos sobre o que o público não precisa ler e nem tem interesse de saber. Perguntamos ao nosso editor o que ele quer. Avaliamos a história para ver se ela tem noticiabilidade. Por isso nós não podemos representar a sociedade.”(entrevista em 21out/09)

Ou seja, é um próprio jornalista que diz a respeito da decadência do pensamento do profissional do jornalismo como cão de guarda da sociedade. O que Martins afirma, é o que os comunicadores, Nelson Traquina e Ramonet( do Le Monde Diplomatique), relatam que aconteceu com o ideal da imprensa: a perda de seu sentido como um quarto poder .

Nessa mesma ideia, foi o que o atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou a respeito da função da imprensa: “A imprensa tem de informar. Para ser fiscal, tem Tribunal de Contas da União, Corregedoria-Geral da República, um monte de coisas". (Folha de São Paulo, 22out/09, pág. A2).

Na opinião do cientista político, Leonardo Barreto, a declaração do presidente é equivocada. “Faz parte da profissão de jornalista realizar uma fiscalização das várias dimensões da vida social, especialmente da esfera pública. Sem uma imprensa vigilante, não há controle dos governados sobre os governantes. Sem esse tipo de controle, não há democracia”. Barreto pensa como a ideologia do quarto poder.

O jornalista Victor Martins, explica o por quê que as pessoas tem essa visão da imprensa:

“Realmente podemos ser considerados uma espécie de ‘cão de guarda’ da sociedade. No meu atual ponto de vista, somos esse cão muito mais por instinto do que por uma bondade e senso de justiça. O instinto é o de ver o ponto fora da curva e alardear a existência dele. Tudo que estiver fora do lugar pode ser uma matéria, por isso passamos a sensação de estarmos de olho e fiscalizando. Somos obcecados por pauta e reportagem. Realmente estamos fazendo essa investigação constante do dia, mas a fazemos por instinto, para ter a manchete do dia seguinte. Confesso que quando pegamos um corrupto, temos a sensação de que fizemos nossa parte para construir um mundo melhor. E é nesse ponto do discurso que voltamos ao idealismo da faculdade”.

Esse debate, sobre o papel da imprensa, é válido para os futuros profissionais da área. Deve ser considerado que antes do jornalista se colocar ante a sociedade como profissional, ele tem que se colocar como cidadão. Se ele for alguém patriota e tiver devoção ao interesse público, por que não colaborar com a sociedade por meio da sua profissão? Cada cidadão tem que enfrentar a tamanha falta de ética que existe nos poderes públicos. Todavia, pode ser válido o discurso de que tudo vai melhorar se a mudança começar no ser como indivíduo. É nesse ponto que o ser cívico, o patriota, pode escolher renunciar certos benefícios por amor à sua nação. É deixar de "ganhar mais" e conservar sua ideologia, sua postura, como uma pessoa devota à patria, e se sentir satisfeito por isso. É bem verdade que tais ações não parecem possíveis em sua totalidade.

Como conclusão, é apropriada a opinião de Victor Martins: “Somos um misto de sentimentos e ações contraditórias, como rege a teoria de múltiplas identidades e a da relatividade. Fazer jornalismo é representar o seu patrão, se representar, preocupar-se com o salário para sustentar a família e esperar que o seu trabalho possa ajudar a construir um mundo melhor”.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Olhar Registrado 3



BRASÍLIA para QUE te queRO ?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pré-estréia do filme de Lula foi tumultuada

Com mais de uma hora de atraso, o filme ‘Lula, o filho do Brasil’, abriu o 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A sessão no Teatro Nacional, somente para convidados, foi tumultuada. Mais de 1500 pessoas lotaram a Sala Villa-Lobos. Não coube nas 1300 poltronas e o que restou foi sentar no carpete das escadas.

Antes de a projeção iniciar, a má organização da Secretaria de Cultura do DF, gerou confusão. Um grupo afim do ex-ativista italiano, Cesare Battisti, subiu ao palco, sem nenhum impedimento de seguranças, com uma faixa que dizia “Lula, liberte Cesare”.

Luiz Carlos Barreto, produtor do filme, criticou a superlotação e disse que se houvesse algum incidente as pessoas corriam 'risco de vida'. “Eu queria pedir para que as pessoas que estão nas escadas saiam e nós faremos uma sessão extra logo após”, disse o diretor. O público reclamou e uns gritavam “cala a boca”, “sai daí”.

Passado o microfone para a produtora, Paula Barreto, mais um pedido: “A organização do evento esqueceu de reservar lugar para o elenco do filme que está presente aqui. Nós precisaríamos que algumas pessoas cedessem lugar para eles”.Novamente, a resposta do público em vaias e berros como “Cléo Pires senta aqui comigo”.

A sessão só foi começar quando Glória Pires, Juliana Baroni, Lucélia Lins, Rui Ricardo Dias (interprete de Lula) e outros atores do elenco, conseguiram assento. A primeira dama, Marisa Letícia, foi a estrela do evento. Dilma, uma promessa da noite, não compareceu. Quem ficou sem lugar foram os ministros Alexandre Padilha (Assuntos Estratéticos), Orlando Silva (Esporte) e Paulo Bernardo (Planejamento).

Quando o filme começou os ânimos se acalmaram. Baseado no livro de Denise Paraná, o longa conta desde o nascimento de Lula até seu envolvimento com o sindicato. As cenas vão do cômico ao drama. No fim, muitos aplausos, mas também uma certa pressa para sair.

No coquetel, servido após o filme, muitas opiniões. O presidente do PT, Ricardo Berzoini criticou: “Devia ser mais trabalhado na dramaturgia. Achei que o diálogo foi fraco”. O consultor cultural, Ivan Presença, também criticou o filme: “Faltou glamour. Foi muito água com açúcar. A coisa parece que desandou, ficou algo seco”.

Para o assessor de Lula, o economista Erick Brigante, as críticas são recorrentes por causa do público específico. “A maioria das pessoas que estão aqui já conhecem bem a história ou são cineastas que analisam tecnicamente. Vamos ver o que o povo vai achar. Tem gente que conhece, mas não sabe os detalhes da história e isso pode emocionar”, afirmou Brigante.

O filme estréia nos cinemas dia 1º de janeiro de 2010. Com gastos de R$ 12 milhões na produção, as expectativas são de alcançar um público de 20 milhões e render mais de R$ 100 milhões. O diretor, Fábio Barreto, incentiva: “O filme é uma homenagem ao povo brasileiro”.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

VIVA A FUNCIONALIDADE DA INTERNET

Então pessoas!!
Adoro muito as redes virtuais. Tinha uma matéria a fazer e precisava de fontes! O twitter foi o salvador da vez. É somente dá um @ e vc comunica com o mundo. Conversei com o assessor de comunicação da trupe O Teatro Mágico (TM), pelo twitter, e logo estavamos no talk do gmail. Resultado? Ele me informou sobre o que eu precisava e ainda me deu email de várias outras pessoas.
Nessa história, além de fazer minha matéria com fontes de primeira e de vários cantos do país, fiz novas "amizades". É mágico poder conversar com pessoas desconhecidas que logo se tornam um alguém que você tem algo em comum. Exemplo é um cara com os qual conversei.
Ele é vocalista de uma banda ( Sol na Garganta do Futuro - www.solnagargantadofuturo.com.br
) e mora em Vitória/ES( meu pai mora em vila velha e ele disse ter morado lá anos tb). Nas próximas férias na casa de papi terei outros a visitar!!
O assessor do TM também traz algo em comum . Ele já morou na asa norte por 3 anos. Vem sempre visistar a cidade e perguntou se eu estaria no show que a trupe fará este mês no Parque da Cidade.
Bacana demais...adoro essa comunicação!

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BRASÍLIA para QUE te queRO ?

Música para todos


Iniciado em junho desse ano, o movimento Musica Para Baixar (MPB) é composto por pessoas que buscam o fortalecimento do livre acesso à música, sem a desvalorização do artista. A idéia é impulsionar grupos artísticos do país, que não dependam de gravadoras, para expandir seus trabalhos e alcançarem reconhecimento e valorização. O MPB defende que cada artista possa ser gestor de seu produto e aplicar preços justos. Seria o ganho por meio da economia solidária.


Todo o movimento acontece com apoio de artistas, produtores, ativistas e ouvintes. Fabrício Noronha, vocalista da banda Sol na Garganta do Futuro de Vitória-ES, e membro do grupo MPB, explica que o movimento não segue uma ideologia. “Somos um grupo distinto que assume algumas bandeiras em comum como, por exemplo, a liberdade na internet e a criminalização do jabá”. Para o grupo, a prática do jabá é o que impede a diversidade e liberdade cultural levando a maioria das pessoas conhecerem somente aquilo que a indústria fonográfica oferece.


O movimento tem andado por várias partes do país por meio de fóruns, shows e oficinas, onde os artistas que apóiam o MPB discutem temas de importância como a lei do direito autoral. “A divulgação do MPB e a discussão crítica que ele traz tem chegado a várias partes do país e isso é importante já que há uma necessidade urgente de revisão da lei de direitos autorais e ainda a remuneração justa de mais pessoas dentro da cadeia produtiva da cultura” afirma Richard Serraria, músico independente e militante do MPB.


O MPB não é apenas para músicos independentes. “O convite é para todos que quiserem se integrar às novas ferramentas de disponibilização e construção de conteúdo sem medo ou preconceitos. O objetivo do movimento atualmente é repensar a lógica do mercado da música, vide as mudanças com a internet. Nosso maior empecilho talvez esteja no próprio desafio que é pensar o novo”, conclui Fabrício.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Cabana


Bom, li o livro A Cabana, de William P. Young. Ficou em primeiro lugar da lista dos mais vendidos do The New York Times. Ele é exatamente diferente de tudo que você já ouviu a respeito de criador e criação! Não é qualquer viagem boba, auto-ajuda ou baseado em paradigmas religiosos. Você ficará surpreso ao ler algo sobre Deus, mas especificamente sobre trindade divina, que é fora de tudo que já se ouviu até hoje. O desejo é que todos os seres humanos leiam! Não há palavras para descrever! Simplesmente A CABANA.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Stephen Kanitz

Bom, acabei de ler um artigo de Stephen Kanitz! ele é jornalista e colunista na Veja.

Deu umas dicas ótimas de como escrever um artigo. Aconselho todos a ler! http://www.kanitz.com/impublicaveis/como_escrever_um_artigo.asp

Confesso que o conhecia de nome, mas nunca li um só artigo seu na Veja! Kanitz deu várias dicas boas. Entre elas, que ao escrever um artigo você não deve explicar muita coisa ou expor suas idéias. O artigo inteligente é aquele que informa imparcialmente e deixar o leitor tomar suas próprias conclusões. Fazer o leitor pensar e informá-lo o tanto quanto você sobre o tema é algo que o diferenciará!

Essa dica foi primeiro exposta no blog de uma amiga- momentoaleatorio. Estou apenas repassando.

Até mais!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Não é minha parenta...

"Não sei que é, não conheço, não é minha parenta", isso foi o que disse Sarney!

As pessoas sempre criticam Lula porque ele sempre diz não saber de nada. Não estou aqui defendendo ninguém, mas estou querendo dizer que o povo devia prestar mais atenção na casa legislativa, aliás o Lula também se queixa de já ter mandado, por exemplo, duas propostas da Reforma Tributária(que é algo de interesse) e a nossa casa legislativa não vota, não toca, não liga. Opositores do presidente analfabeto, entendam que o Congresso manda mais do que o Lula. E todo mundo vê a pouca vergonha que é esse senado. Como o presidente do senado fez mais de 600 atos secretos e quando vai se explicar, a única coisa que sabe é dizer ele não conhece, que não foi ele quem nomeou fulano, siclano, beltrano!

E daí? Nós não queremos saber quem ele não conhece, quem não é seu parente, ou quem ele diz não ter nomeado. O fato é: houveram pessoas nomeadas por ele de forma inconstitucional. Portanto, que a vossa excelencia Senhor Sarney diga a respeito dessas pessoas. É sobre elas que queremos explicações e não horas de discurso falando de quem o Senhor "não sabe, não conhece"!

Que a opinião pública, a mídia...leve a massa a enxergar que o país precisa de uma reforma de estado!
Não deixo de crer que um dia a casa legislativa será menos imunda! Temos que tirar esses velhos que se acomodaram a mamar nas tetas do estado e permanecem um bando de crianças mimadas e ridiculas que ficam brigando no plenário cheios de pirraças!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E Lula diz...

"Não é problema meu. Não votei para eleger Sarney"

E o povo responde no twitter: "Esse é nosso presidente, está mais preocupado com o Corinthias do que com o país! "

Huaauuu grande resposta do povo! Quem é que se preocupa com a política do país? Aliás, o
Brasil é o país do futebol e não da política. Todo mundo que é se importa com o Brasil tem que está mesmo é preocupado com futebol. Ahh e isso é tudo o que os brasileiros acompanham! Não dá dor de cabeça, pelo contrário, é justamente o que nos faz esquecer dos problemas da nação!
Para que melhor??

Viva o Brasiiiiiiiil!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Olhar registrado


Essa é uma das tantas fotos que tenho da Esplanada dos Ministérios! Amo andar na esplanada e encontrar o inesperado da natureza!

Então pra quem gosta de fotografia, aí está!