quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pré-estréia do filme de Lula foi tumultuada

Com mais de uma hora de atraso, o filme ‘Lula, o filho do Brasil’, abriu o 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A sessão no Teatro Nacional, somente para convidados, foi tumultuada. Mais de 1500 pessoas lotaram a Sala Villa-Lobos. Não coube nas 1300 poltronas e o que restou foi sentar no carpete das escadas.

Antes de a projeção iniciar, a má organização da Secretaria de Cultura do DF, gerou confusão. Um grupo afim do ex-ativista italiano, Cesare Battisti, subiu ao palco, sem nenhum impedimento de seguranças, com uma faixa que dizia “Lula, liberte Cesare”.

Luiz Carlos Barreto, produtor do filme, criticou a superlotação e disse que se houvesse algum incidente as pessoas corriam 'risco de vida'. “Eu queria pedir para que as pessoas que estão nas escadas saiam e nós faremos uma sessão extra logo após”, disse o diretor. O público reclamou e uns gritavam “cala a boca”, “sai daí”.

Passado o microfone para a produtora, Paula Barreto, mais um pedido: “A organização do evento esqueceu de reservar lugar para o elenco do filme que está presente aqui. Nós precisaríamos que algumas pessoas cedessem lugar para eles”.Novamente, a resposta do público em vaias e berros como “Cléo Pires senta aqui comigo”.

A sessão só foi começar quando Glória Pires, Juliana Baroni, Lucélia Lins, Rui Ricardo Dias (interprete de Lula) e outros atores do elenco, conseguiram assento. A primeira dama, Marisa Letícia, foi a estrela do evento. Dilma, uma promessa da noite, não compareceu. Quem ficou sem lugar foram os ministros Alexandre Padilha (Assuntos Estratéticos), Orlando Silva (Esporte) e Paulo Bernardo (Planejamento).

Quando o filme começou os ânimos se acalmaram. Baseado no livro de Denise Paraná, o longa conta desde o nascimento de Lula até seu envolvimento com o sindicato. As cenas vão do cômico ao drama. No fim, muitos aplausos, mas também uma certa pressa para sair.

No coquetel, servido após o filme, muitas opiniões. O presidente do PT, Ricardo Berzoini criticou: “Devia ser mais trabalhado na dramaturgia. Achei que o diálogo foi fraco”. O consultor cultural, Ivan Presença, também criticou o filme: “Faltou glamour. Foi muito água com açúcar. A coisa parece que desandou, ficou algo seco”.

Para o assessor de Lula, o economista Erick Brigante, as críticas são recorrentes por causa do público específico. “A maioria das pessoas que estão aqui já conhecem bem a história ou são cineastas que analisam tecnicamente. Vamos ver o que o povo vai achar. Tem gente que conhece, mas não sabe os detalhes da história e isso pode emocionar”, afirmou Brigante.

O filme estréia nos cinemas dia 1º de janeiro de 2010. Com gastos de R$ 12 milhões na produção, as expectativas são de alcançar um público de 20 milhões e render mais de R$ 100 milhões. O diretor, Fábio Barreto, incentiva: “O filme é uma homenagem ao povo brasileiro”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário